Análise | Star Wars: O Despertar da Força (Sem spoilers!)

E depois de 10 anos desde o último lançamento da franquia - e mais de 30 anos desde o último lançamento da trilogia clássica - temos um novo episódio de Star Wars em cartaz nos cinemas.Sob direção de J.J Abrams (Lost, Star Trek) e roteiro de Lawrence Kasdan (Star Wars Episódio V: O Império Contra Ataca) o filme veio com uma grande responsabilidade: Agradar fãs que estão há mais de 30 anos esperando uma continuação da história e, ao mesmo tempo, agradar uma nova geração.


Não gosto de comparar filmes nem personagens, mas é inevitável aqui. A sensação que temos em O Despertar da Força é bem similar a Uma Nova Esperança: Novas histórias que se iniciam. Acompanhamos novos personagens se encontrando e encontrando seu propósito. No filme temos Rey (Daisy Ridley), uma jovem que vive no deserto, abandonada e sempre a espera. Até que um droid aparece em seu caminho, mudando seus planos. Assim como Luke Skywalker em Uma Nova Esperança.

Entre os novos personagens também temos Finn (John Boyega), trazendo o alivio cômico que Star Wars precisava. Foi incrível poder rir de diálogos divertidos depois de momentos de pânico, e esse entrosamento entre os personagens acaba fazendo você se apegar mais.


Já em relação aos personagens clássicos, temos de volta Han Solo (Harrison Ford), Chewbacca (Peter Mayhew) e Leia (Carrie Fisher), agora como General. Não vou falar muito para não estragar a experiência de quem não viu ainda, mas o que eu mais gostei em relação aos personagens clássicos é ver que eles criaram suas próprias histórias nesses 30 anos de hiato entre o Retorno de Jedi e o Despertar da Força. É emocionante você ir descobrindo o que aconteceu e como isso afeta os personagens e toda a trama do filme.


Ainda sobre os clássicos, nós podemos ver como a história é passada de uma geração a outra. Han Solo atua como uma espécie de mentor sobre Rey, é como rever a história de Luke e Obi-Wan. As referências estão ali, e o papel de Han Solo é quase que explicar a trama - o que é ótimo, afinal foram mais de 30 anos de hiato na história e várias pessoas vão ter o primeiro contato com Star Wars com esse filme. E cara, a emoção de ver a Millenium Falcon voando de novo é sensacional.

Agora sobre o lado negro, a responsabilidade fica quase toda por conta de Kylo Ren (Adam Driver). Novamente nós vemos um vilão por trás de um capacete, mas dessa vez é diferente, é mais humano. Não vou entrar em detalhes para evitar spoilers, mas acompanhar o desenvolvimento de um personagem tão forte como vilão me deixou apreensiva (porque convenhamos, o vilão da trilogia clássica é o Darth Vader), mas não me decepcionou. O mesmo vale para os stormtroopers - sempre achei que eles eram subestimados demais, e não foi o caso aqui.

Já não temos mais República vs Império, mas sim a Resistência contra a Primeira Ordem.


A cinematografia do filme é excelente. J.J Abrams economizou nos flares, gente! hahaha. A direção também é incrível - tão boa quanto a dos clássicos, mas com suas singularidades. A trilha sonora de Star Wars jamais decepciona e nesse não foi diferente. John Willians sabe o que faz <3

Como elementos em CGI são bem presentes na franquia, não dá pra deixar de falar sobre. Os personagens em CGI tem uma importância gigantesca na história, mas eu esperava um pouco mais na questão gráfica, mas nada que desapontou.

Os droids que tanto amamos estão aqui. Quem me conhece, sabe a minha paixão pelo R2-D2 e o C-3PO. Eles aparecem claro, mas aqui o destaque fica para o BB-8. Ele é um personagem tão único, tão fofo e com tanta personalidade e emoções próprias que só de lembrar dele me dá vontade de chorar (mais!). Fiquei apaixonada, BB-8 é o novo amor da vida! Quero um pra mim <3


E por fim, é ótimo ver essa diversidade no elenco e dos personagens. Por mais que Leia seja uma personagem importante, ela nunca foi realmente protagonizada, então foi incrível ver que a Rey foi. Ter uma mulher e um ator negro como protagonistas é algo que não está presente nos outros filmes e nesse sim. Nunca pensei também que fosse ver uma mulher a frente do comando dos stormtroopers, e aqui temos a Capitã Phasma (Gwendoline Christie). Ela não apareceu tanto quanto eu gostaria... Ela é quase como o Boba Fett.

Mas claro, o filme tem seus pecados - O pior é saber que são os mesmos de Uma Nova Esperança. Problemas que deveriam ser donos de mais atenção - e tensão! - são resolvidos muito rápido e acabam não tendo a intensidade que deveriam.


Claro que tem muitos outros personagens que eu queria falar sobre, mas não vou dar spoiler pra ninguém. A melhor decisão que eu fiz foi ir assistir sem saber nenhum spoiler e nem mesmo a sinopse, as surpresas não pararam - e aconselho vocês a fazerem o mesmo. E se você nunca assistiu nenhum filme da franquia (de que planeta você veio? haha) pode ir assistir sem problemas. Novamente, é um filme que agrada a geração nova e aquelas que estão há anos aguardando um episódio novo. Sem dúvidas o melhor filme do ano.



Nota: 8,9/10

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