Filmes | Resenha - A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars - 2013)



Alguns meses atrás eu postei a resenha do livro A Culpa é das Estrelas, de John Green. Admiti que, mesmo não fazendo meu tipo, eu li o livro todo em apenas um dia e que superou as minhas expectativas. Então obviamente eu vi o filme.

A princípio não me empolguei. Não gostava muito da atuação de Shailene Woodley em The Secret Life of the American Teenager e achei Ansel Elgort fraco quando vi o trailer, então eu já comecei o filme com expectativas bem baixas comparadas ao livro. Confesso que continuou assim por algumas cenas, já que enquanto lia o livro imaginei um deus grego adolescente e eu não acho o Ansel bonito #chateada.

Voltando à história...
O livro conta a história de Hazel Grace - Ou só Hazel, como ela prefere - uma adolescente de 16 anos que tem câncer na tireoide com metástase nos pulmões em estágio IV. Hazel respira com a ajuda de aparelhos que a acompanha em todos os lugares, não tem muitos amigos e frequenta, a pedido de pais, um grupo de apoio com outros adolescentes que enfrentam o câncer.



Hazel é uma garota conformada. Não liga muito em ter que carregar um cilindro de oxigênio que a ajuda a respirar por aí, encara a morte e tudo que a ela leva como consequência de, não apenas sua, mas da existência de todos. Sabe que seu câncer é incurável, mas o que realmente parte o coração dela é ver como seus pais lidam com isso. Sua mãe abandonou o emprego pra cuidar dela em tempo integral, e grande parte das economias da família são gastas em tratamentos e remédios.

É em um dos encontros do grupo de apoio que Hazel conhece Augustus, amigo de Isaac, garoto prestes a ficar cego por conta de um câncer que também participa do grupo de apoio. Gus jogava basquete, mas há um ano e meio perdeu uma de suas pernas para o câncer, mas hoje já não havia evidências do câncer em seu corpo.

O resto da sinopse está na resenha do livro ali em cima, caso você não tenha lido ou assistido ACEDE. Inclusive, o que mais me impressionou na adaptação cinematográfica foi a fidelidade ao livro. Pode parecer chato assistir a uma cena exatamente igual ao que você leu anteriormente, mas não foi. Foi impressionante. A forma como os detalhes foram cuidados foi magnífica. 



Como mencionei anteriormente, já conhecia alguns trabalhos de Shailene Woodley, e fiquei impressionada em ver como ela evoluiu como atriz. Ainda não assisti Divergente, então fiquei bem surpresa.
Não conhecia o ator Ansel Elgort. Não sabia o que esperar, mas ele me surpreendeu de uma forma tão positiva que ainda não acredito que estava tão cética sobre ele. Demorou algumas cenas para que eu percebesse isso, mas ele até que é um bom ator para um com pouca experiência grande no ramo.

Vale enfatizar também a atriz Laura Dern, de Jurassic Park. Eu esperava um personagem um pouco mais sério, mas a forma como ela deu vida a mãe de Hazel ficou leve, acho que equillibrou bastante com o fato de todos os protagonistas terem todo o peso do drama do filme (e bem, é um filme voltado para adolescentes). Fiquei surpresa em ver DaFoe no filme. Ainda esses dias revi Anticristo, de Lars Von Trier, e foi estranho vê-lo em ACEDE depois. Quase cômico, na verdade. Já conhecia Sam Trammel de True Blood, mas foi um ator muito mal utilizado no filme, sua participação foi quase nula.



É um filme bonito, com uma cinematografia bonita e uma trilha sonora bonita. As cenas em Amsterdã são perfeitas, e quase chorei quando percebi que tinha Kodaline (All I Want) na trilha sonora. Caiu como uma luva.



No mais, é isso. São duas horas de filme que passam sem perceber e que te deixam com gostinho de "quero mais". Pra quem não conhece a história, o filme tem uma reviravolta triste e surpreendente, mas que se adequam da forma mais correta possível. O roteiro foi bem cuidado, eu não adicionaria nem tiraria nenhuma parte da história, somente aproveitaria melhor o que já estava lá. As cenas no Museu de Anne Frank ficaram meio desconexas, um pouco corridas. Poderiam ter sido melhor aproveitadas, tal como os atores, como já mencionei antes.

Nota: 7,3/10.

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